quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Redes sociais são tendência como instrumento de seleção


                                                                                                                                                 Por Michele Loureiro

O entretenimento e contato com a rede de amigos não é mais o único foco das redes sociais. Twitter, Orkut e Facebook - redes virtuais de relacionamento - tornaram-se instrumentos para recrutamento de profissionais no mercado de trabalho.
Consultorias de RH (Recursos Humanos) admitem que o recurso tem sido cada vez mais utilizado para selecionar candidatos. Afinal, além de não representar custos para as empresas, o perfil virtual pode relevar detalhes fundamentais ao empregador.
De acordo com Lia Mazzieiro, consultora de RH da Desix, empresa de soluções em TI (Tecnologia da Informação), o perfil dos candidatos nas redes sociais tem tanta importância quanto uma entrevista presencial. "É interessante notar o comportamento do indivíduo fora do ambiente de trabalho. A observação do perfil passou a ser uma das fases de seleção. Assim como temos análise de currículo, entrevista presencial e dinâmica de grupo, também checamos a página dos futuros trabalhadores", explica.
Lia afirma que o perfil mal feito pode impedir a contratação. "Se estou procurando gerente de conta e me deparo com comunidades do tipo ‘Vamos beber mesmo' e ‘Odeio homossexuais'', o candidato não será selecionado. Por isso, é importante saber fazer uso correto das redes virtuais", destaca.
André Assef, diretor especialista também da empresa Desiz, afirma que de cada dez contratados da empresa, sete foram selecionados por redes sociais. "Cada vez mais a dinamização das informações cria indivíduos virtuais. Nossa missão é conseguir triar esses candidatos e ver se conseguem se portar bem no mundo real", diz.
Segundo Assef, o ponto mais observado são as comunidades. "A rede de interesses do candidato conta muito. Comunidades com aspectos preconceituosos e segregadores, por exemplo, não atraem e eliminam o trabalhador", afirma. O diretor explica que as redes sociais podem ser aliadas ou inimigas dos candidatos. "Montar um perfil honesto e atraente no sentido de informações que agregam sobre a pessoa é um up-grade no currículo. Mas em contrapartida, um executivo com certas comunidades pode ter toda a experiência profissional jogada fora", alerta.
Mesmo com os riscos de que o perfil seja mal avaliado pelas empresas, Lia aconselha que os candidatos incluam o endereço virtual no tradicional currículo.
"Quando o trabalhador faz isso, mostra ao empregador que não teme que haja avaliação. Elaborar uma boa página nas redes virtuais com itens que despertem interesse nas empresas só qualifica ainda mais esse candidato", finaliza.
Fonte: Diário do Grande ABC

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